Não existe amor a toa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Perder por tentar conquistar.

Eu sempre fui do tipo de garota que se apaixona.
Antes dos cinco, não me imaginava sem uma pequena gravatinha de seda marrom. Não era qualquer gravata, era a minha. A única. Tinha cheiro de alguma coisa, que nada mais no mundo tinha. Quando estava com ela nas mãos tinha a sensação de que ela me entendia, e era mais que minha melhor amiga. Minha companhia de quanto minha mãe dizia não, ou quando me obrigava a dizer sim. Mas, eu tive que a deixar, ou ela me deixou. Não lembro.
Depois de algum tempo conheci o Lucas, o idiota do sorriso mais bonito do mundo. Estou falando a verdade, eu não era a única que achava, a escola toda, e pra dizer a verdade nunca achei alguém que dissesse o contrário. Tenho certeza absoluta que todos eram apaixonados por ele, e a maioria disfarçava mal. Mas, também como não ser? Ele andava com um retardado, era o único que sorria para mim e parecia realmente interessado em me conhecer melhor. Bom, pelo menos longe daquele povinho da escola. Eu não ligava, nem ele. Eu o amava, e o namorava, e gastava seu nome em meu caderno. Ele não sabia, era secreto. Ok, eu cometi um erro. Contei. De início foram inesquecíveis os dias ao lado dele e de sua família, mas logo depois de dois meses, ele nunca mais sorriu, nem longe, nem perto, nem em lugar nenhum. Perdi um amor por tentar contistá-lo. Mas, aprendi que algumas coisas não devem ser ditas, e nem mandadas dizer (se é que você me entende). Coisas desse tipo devem ser engolidas, até a digestão terminar. Até nascer a fome de novo, até o tempo passar.
As coisas costumavam a me deixar, até eu fazer isso pela primeira vez. Aconteceu na adolescência, ou no fim dela. Acredite, quando se deixa alguém uma vez, isso acaba se tornando viciante.
Bom, pelo menos foi para mim. Vieram dezenas de outros caras, que sinceramente não merecem ter seus nomes nesse texto. Não conseguiram manter meu coração acelerado por muito tempo. Pisavam sempre no freio na segunda ou terceiro semana. Péssimos motoristas.
Morro de medo que as pessoas pensem que eu não presto, e que não entendam que minhas necessidades não são físicas, ou de vez enquando são. Eu não sou uma vagabunda, que já ficou com todo mundo. Eu apenas necessito de adrenalina, e de alguém que realmente saiba dirigir um carro. Com velocidade, sem bater, sem frear.

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