Não existe amor a toa.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mulher de malandro.

Mas eu e ele, entre tantos pares, entre tantos outros e outras, humanos ou não, normais ou não - eu e ele temos uma dúzia de estúpidas coincidências não tão casuais assim. Uma cabeça tão cheia de sonhos e ânsias e devaneios e vontades e ilusões que dariam pra preencher uma vida.
Eu disse uma? Uma dúzia delas, nem todas medíocres. E só éramos dois. É parecido também o coração vadio e leviano que não cansa de se apaixonar e palpitar e sofrer e sangrar e sarar, quantas vezes necessárias for pra terminar aquele samba que empacou.
Esse rapaz canta, escreve e sonha em viver da música, sonha em ser alguém, e ele só tem 19 anos (quase 20..), não é míope e não tem pensamentos vanguardistas clichês. Você ainda vai bater muito com essa cara bonita, meu rapaz, e como vai e eu também vou, e bateremos juntos, quem mandou aparecer na minha vida? Ah sim, ele é temperamental demais. Deliciosamente temperamental. Sabe que eu já vi esse filme antes? Alías, filme não, ele é uma caricatura, o personagem principal de um romance que eu nunca escrevi - nem escreveria. Aquele rapaz boêmio que morre por um ideal(ou por um rabo de saias, mais aplicável ao caso). Mas tem tanto tanto tempo ainda pela frente, e dentre tantos e tantos, ele é igual a mim, estupidamente e não tão casualmente igual a mim: fracassado, iludido e indecente.
E ele só tem 19 anos.
"Me esqueça", ele me disse ao se despedir, "tão doce..." Pensei. Tanto que te escrevi um presente. Apenas um, senão você se apaixona por mim e aí já viu: nós dois concordamos que hoje em dia seriam frustrações demais...

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