Não existe amor a toa.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eu.


Eu nunca fui um bom partido.
Nunca fui como aquelas menininhas bonitinhas e inocentes, que dão mais risadas do que falam, e quase sempre balançam as cabecinhas miúdas em sinal de concordância no final de cada frase.
Eu sempre falei demais, falei o que me vinha na cabeça e o que não me vinha também, pensar demais antes de formar uma frase lúcida nunca foi o meu forte.
Tô pouco me fodendo para a lucidez. Nunca fui como aquelas mocinhas delicadas e faceiras, que quase dançam ao andar, lépidas e graciosas como fadas bailarinas.
Vivo tropeçando, porém tenho bom senso de equilíbrio. Nunca fui como aquelas jovenzinhas simpáticas e sempre tão gentis, que falam em redondilha maior ou em versos alexandrinos.
Eu sempre tive o vocabulário chulo de uma mulher da vida, e perto de mim muitas vezes elas parecem amadoras.
Porque meu bem, de teoria eu sei é tudo. E o pior, é que no fundo no fundo, eu sou um bom partido. Mas quem liga pra profundidades?




E como já dizia um amigo de um amigo meu:
"Aspirar o orifício anal com a mangueira, ninguém almeja!"

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