Não existe amor a toa.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Madrugada do dia 13 de janeiro

O cenário de hoje ficou presente em minha vida durante a infância toda.

Lá estava eu, na fila de um refeitório esperando minha vez para pegar meu croissant-de-cada-dia, ao chegar a minha vez, lembro-me nitidamente, que entreguei 2 croissants para assim conseguir um que vinha de dentro daquela cozinha portátil, e ainda sim deveria pagar quatro reais por um só.
Peguei as duas notas de dois de um lado da carteira, e a mocinha que estava por trás do balcão, sem me avisar, me deu uma caixa de Marlboro, peguei do outro lado da carteira mais quatro reais para pagar o cigarro, aquela cena parecia estar tão no meu cotidiano que eu nem me perguntei como ela sabia que eu queria um cigarro junto com a refeiçãozinha diária (que cá entre nós, era um ABSURDO! Dar dois croissants para conseguir um só, e ainda por cima deveria pagar por isso.)
Depois disso, fui sentar do lado da biblioteca em um banquinho perto do jardim Jabutis. Sentei. E mais do que automaticamente começei a ler as capas dos livros que estavam dentro da biblioteca. Li: Cem anos de solidão, capitaes de areia, memorias postumas de bras cubas... e lembrei que havia um livro que eu estava lendo, abri minha mochila e o peguei.
A capa era um papel branco, sem nome nem nada. Quando abri em uma pagina quaisquer, percebi que o livro falara comigo, era meu pai, em versão de livro! Ele era um rei, e gostaria que eu, a princesa, voltasse ao seu reino, ficamos uns 30 minutos conversando... Quem passasse por ali acharia que eu era louca, mas por fim... acordei.

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